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Foto do escritorAdriana Tamashiro

Quando devo pedir ajuda?


Publicado originalmente em 12 de maio de 2021 no site da Empatia Criativa



Você sabe diferenciar quando está pronta para efetivamente solicitar ajuda de outras pessoas ou pares em um processo de mudança pessoal?

Muitas vezes procuramos grupos ou pessoas para “desabarmos” e desabafarmos e tudo bem também, isso não é um problema, afinal, todo mundo precisa de um “colinho” de vez em quando. Mas é importante conseguir identificar quando precisamos somente de acolhimento ou quando estamos prontas para realmente pedir ajuda e mudar nossa condição.


Muitas vezes, antes mesmo de conseguirmos organizar nosso interno e solicitar um pedido específico, também precisamos de auxílio profissional para entendermos alguns sentimentos e necessidades que podem se apresentar emaranhados e confusos.


Nem sempre um desabafo ou reclamação gerará um processo de mudança se você mesma não estiver pronta para mudar. Então vale se questionar sempre:


1. já pesei todos os prós e contras e coloquei na ponta do lápis se consigo sair da situação que estou? (caso envolva custos, planejamento e sobrevivência)

2. eu preciso nesse momento de ajuda para mudar em alguma decisão que já tomei ou preciso de auxílio e orientação para o que poderia ser feito?

3. a solicitação específica que penso em fazer cabe ser compartilhada com aquela pessoa ou grupo?

4. me atentei (ou perguntei) para a outra pessoa ao solicitar ajuda se aquele é um bom momento para ela me amparar ou se possui condições internas (emocionais) para me auxiliar? (caso não seja um profissional remunerado já disposto a desempenhar esse papel)

5. eu quero realmente mudar minha situação?

A primeira questão é sempre conseguir identificar em qual estágio estamos e se realmente estamos abertas para mudanças. Grupos como esse tem por objetivo promover jornadas transformadoras começando pelo nosso interior. Acreditamos na máxima da Teoria U com a frase de William O’Brien: “O sucesso de uma intervenção depende da qualidade interna do interventor”.

Mais que isso, só podemos promover processos coletivos de mudanças ou auxiliar indivíduos e grupos quando estes estão com coração, mente e vontade abertos.


Quando passamos muito tempo justificando a nossa falta de perspectiva ou condição e jogando a responsabilidade sempre em agentes externos, há uma possibilidade de estarmos em um processo de autossabotagem e negação. Lógico que há inúmeros casos em que realmente as condições externas são limitantes, mas no geral, quando isso também é muito específico, os pedidos de ajuda são muito mais objetivos e diretos, pois é possível identificar a origem dos incômodos ou situações difíceis.

Mas, nem sempre a situação externa é justificativa para tudo. Pode piorar condições, mas precisamos de verdade olhar para dentro e separar sentimentos e necessidades com objetivo de construirmos melhores estratégias para mudanças.


O exercício é difícil por exigir autoconhecimento e aprimoramento da nossa condição emocional, mas não é impossível. Uma avaliação anterior a um pedido de ajuda pode aproximar e trazer novos pares para a solução de problemas complexos, sejam eles pessoais ou coletivos.

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Em CONHECIMENTOS COMPARTILHADOS, no EmpatiaBlog, as organizadoras da Empatia Criativa e convidadas trazem reflexões a partir das interações da Rede Despertar | Mulheres em comunicação e conhecimentos específicos das áreas em um processo contínuo de aprendizagem.

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